O psicólogo Adam Grant, conhecido por seus livros, fala sobre um erro comum que muitos funcionários cometem ao se comunicar com seus chefes. Segundo ele, a chave é encontrar o equilíbrio certo nas conversas.
As conversas informais, seja durante um café ou no intervalo, são importantes no trabalho. No entanto, muitas pessoas têm dificuldades para compartilhar informações pessoais. Elas tendem a falar demais ou muito pouco, e ambos os extremos podem prejudicar suas carreiras.
Compartilhar demais pode fazer com que limites pessoais sejam ultrapassados. Isso, segundo Grant, pode afetar negativamente a imagem profissional da pessoa. Muitas vezes, esses funcionários se sentem pressionados a serem sociais, buscando interagir com chefes e colegas fora do horário de serviço.
Uma pesquisa da consultoria de RH Michael Page revelou que dois terços dos trabalhadores se encontram com colegas fora do expediente, enquanto 41% fazem encontros sociais e 9% passam férias juntos. Essa mistura de vida pessoal e profissional pode levar à falta de pausas, aumentando o risco de esgotamento.
É fundamental saber colocar limites nas conversas com os chefes para manter uma boa separação entre o trabalho e a vida pessoal. Se a vida privada e a profissional forem separadas rigidamente, pode haver falta de confiança, o que é prejudicial ao ambiente de trabalho.
Por outro lado, quem tenta separar demais a vida pessoal do trabalho pode ter dificuldades em construir relacionamentos de confiança. Grant ressalta que esses laços são importantes para a carreira, já que fazer networking é essencial para o sucesso. Infelizmente, mais da metade dos trabalhadores evita socializar para manter as duas esferas separadas.
Esse comportamento pode causar solidão, um problema que afeta cerca de 60% dos alemães, segundo um estudo. Por isso, achar um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é muito importante.
Para encontrar esse equilíbrio, é necessário ter autocontrole e saber quando se comunicar. Adam Grant sugere que seja melhor focar em assuntos relevantes no trabalho durante as conversas com chefes e colegas. Pensar sobre o que se deseja comunicar e como isso pode interessar a outras pessoas é fundamental.
Eventos de team building e projetos coletivos são boas oportunidades para interagir e trocar ideias. Para aqueles que têm o hábito de compartilhar demais, é bom tomar cuidado em situações informais, como festas de empresa, para não acabar revelando informações que deveriam ser privadas.
Karen Lynch, ex-CEO da CVS Health, aconselha que as informações compartilhadas atendam a dois critérios: elas devem ou ajudar a resolver um problema ou a construir um relacionamento. Assim, ao conversar com o chefe ou colegas, pense bem sobre o que e o quanto se deve revelar.
O equilíbrio nas interações no ambiente de trabalho é essencial para o crescimento profissional. Saber quando compartilhar e quando manter um pouco de reserva pode ser a chave para um relacionamento saudável com a chefia.
Essa habilidade não só melhora a convivência no trabalho, mas também pode ajudar a evitar mal-entendidos e construir um clima mais positivo entre os colegas. Vale sempre lembrar que essa troca deve ser vista como um investimento no seu futuro profissional.
Por isso, busque entender o que é apropriado compartilhar em cada situação e esteja atento ao que seus colegas também estão dispostos a revelar. Essa troca equilibrada pode ajudar a formar uma rede de apoio dentro da empresa. O resultado é um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.
Ao final, tornar as interações com os chefes e colegas mais conscientes pode beneficiar a todos. Trabalhar o equilíbrio nas conversas é uma maneira fácil de mostrar que você se importa com o trabalho e seus relacionamentos. Ter essa cautela pode impactar positivamente na sua imagem e carreira.
Quem sabe você não acaba se surpreendendo com as novas oportunidades que surgem ao encontrar esse meio-termo nas suas conversas? A comunicação é uma ferramenta poderosa quando usada de maneira consciente e assertiva. Portanto, mantenha sempre esse aspecto em mente nas suas interações diárias.