Já pensou como era a vida dos seus avós? O que eles faziam no dia a dia e como se divertiam? A rotina deles era muito diferente da nossa. Em homenagem ao Dia dos Avós, que celebramos no Brasil neste sábado, 26, vamos relembrar alguns hábitos e costumes das décadas de 1960 e 1970.
Os avós têm um papel importante na vida dos netos. Apesar da diferença de idade, eles formam laços de carinho e aprendizado. Essa conexão é única e vale a pena conhecê-los melhor, explorando o que consumiam e como viviam na sua juventude.
Na década de 1960, a televisão começou a se espalhar pelas casas brasileiras. A TV em cores só chegou em 1972, mas muitos programas marcaram a época. Um deles foi o humorístico “Família Trapo”, que passava na TV Record de 1967 a 1971. Criado por Jô Soares e Carlos Alberto de Nóbrega, o programa contava as peripécias de Carlos Bronco Dinossauro.
Outro programa famoso foi o “Jovem Guarda”, que rolava de 1965 a 1968. Apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, ele era uma verdadeira vitrine de música e cultura para a juventude da época.
E não podemos esquecer do “Repórter Esso”, um noticiário que revolucionou a forma de se fazer jornalismo no Brasil. Era diferente dos programas que apenas liam notícias; eles traziam informações de agências internacionais, dando um ar mais moderno à informação.
E quando falamos de “Jovem Guarda”, também nos referimos a um dos maiores movimentos culturais do Brasil. Junto com esse estilo, a bossa nova de Tom Jobim, João Gilberto e Vinícius de Moraes embalaram as festinhas dos jovens, junto com as músicas dos Beatles e Elvis Presley.
Nos mercados da época, alguns produtos se destacaram nas prateleiras. A margarina Doriana, o achocolatado Toddy e o leite Moça eram bem populares. O sabonete Lux e o creme dental Kolynos também eram itens que não podiam faltar nas casas.
Curiosamente, muitos ainda se referem a esses produtos pelos nomes de marca, em vez de seu tipo. Isso mostra como essas marcas deixaram sua marca na memória afetiva dos consumidores.
Na moda, as referências eram ícones internacionais como Audrey Hepburn e Jackie Kennedy. As mulheres se inspiravam em saias rodadas e vestidos tubinho. Já os homens apostavam em ternos bem ajustados, sempre com o toque dos alfaiates.
Os anos 60 também foram marcados por momentos difíceis. Começou a Ditadura Militar no Brasil, que durou até 1985, quando José Sarney assumiu a presidência. Nessa época, o movimento feminista começou a ganhar destaque junto com a discussão sobre o uso da pílula anticoncepcional.
Mas a década também trouxe acontecimentos incríveis. Em 1969, durante a Guerra Fria, o mundo parou para ver a chegada do homem à Lua. Com a missão Apollo 11, Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornaram os primeiros a pisar no solo lunar, um momento que foi assistido ao vivo por milhões, incluindo muitos brasileiros.
Juntando tudo isso — programas marcantes, produtos icônicos, transformações sociais e grandes feitos históricos — os avós viveram uma época repleta de histórias. Parece tudo tão distante, mas essas memórias estão sempre presentes nas conversas familiares e nos álbuns de fotos.
Nos tempos antigos, tudo parecia acontecer de forma mais lenta. Na verdade, a vida era mais tranquila. Ao revisitar a história no Dia dos Avós, honramos aqueles que guardam, com carinho e sabedoria, as histórias do Brasil que ajudaram a construir.
Como vimos, a vida dos nossos avós era cheia de experiências que, quando lembradas, nos tornam mais próximos deles. Ao invés de só saber o que eles compravam ou consumiam, é legal entender o que essas memórias significam.
Conectar-se com a história deles é entender um pouco mais sobre quem somos. Aprender sobre os episódios que moldaram a vida deles é uma forma de valorar e respeitar suas trajetórias.
Por exemplo, o rádio ainda era bastante usado antes da popularização da TV. As famílias costumavam se reunir ao redor dele para ouvir músicas ou notícias, criando um laço comunitário bem forte, algo que muitas vezes a gente não vê tanto hoje.
Indo para as compras, o jeito de consumir era completamente diferente. As pessoas iam às mercearias e, com frequência, acabavam conhecendo os comerciantes pessoalmente. As relações eram mais humanas. Isso incentivava um consumo mais consciente e próximo.
Embora os avós viveram mais momentos de dificuldade que muitos de nós, isso também ensinou resiliência. É sempre bom ajudar nosso avô ou avó a contar histórias da juventude deles. Assim, conseguimos manter viva a cultura da oralidade, que transmite sabedoria.
Neste Dia dos Avós, lembre-se de valorizar essas memórias e o legado que eles trazem. Cada lembrança, cada risada, cada conselho são peças importantíssimas do nosso quebra-cabeça familiar.
Os avós são portas abertas para o passado. Por isso, reserve um tempinho para escutar as histórias deles, descobrir o que faz parte da herança familiar. E, sempre que possível, crie novas memórias ao lado deles.
Os momentos que passamos com nossos avós são preciosos e enriquecedores. Aprendemos a valorizar o que é simples e bonito. E que tal aproveitar esse Dia dos Avós para fazer algo especial juntos?
Levar um presente caseiro, fazer um album de fotos juntos ou até cozinhar uma receita antiga é uma ótima forma de celebrar. Isso mantém viva a conexão entre gerações e garante que as histórias nunca se percam.
Em resumo, revisar a história dos nossos avós nos traz aprendizado e respeito. É um jeito de honrar quem nos ensinou tanto e continua sendo um exemplo de amor e dedicação. Assim, praticamos a gratidão e fortalecemos esses laços tão importantes.