Entre o vidro e o desrespeito: um ataque à inteligência

    Olá, pessoal!

    Na semana passada, passei por uma situação bem estressante e resolvi compartilhar, pois me fez refletir bastante. Normalmente, não me deixo irritar facilmente e menos ainda fico levantando bandeiras. Mas o que realmente me incomoda é quando subestimam minha inteligência.

    Tudo começou de forma simples: uma pedrinha atingiu o para-brisa do meu carro, causando uma trincada. Conversei com a seguradora e agendei a troca do vidro. Tranquilo, né? Então, peguei meu laptop, fui até a loja e fiquei aguardando enquanto trabalhava.

    Logo ao chegar, uma surpresa: tentaram me empurrar um serviço extra que não estava nas contas. Disseram que a câmera de ré poderia precisar de recalibração. O preço? R$ 500, adiantado e sem garantia. Caso não fosse necessário, o prejuízo voltava pra mim. Ótimo negócio — pra eles, claro.

    Depois de três horas, fui chamada. O vidro foi trocado, mas a borracha? Estava mal colocada, com cola à mostra e claramente reaproveitada. Questionei a situação e recebi várias desculpas: não tinham a peça, precisavam de autorização da seguradora, e que era assim mesmo a rotina. Mas, pasmem, durante todo esse tempo, ninguém veio me atualizar sobre nada.

    O que eles esqueceram? A dona da corretora de seguros é minha amiga, e enquanto tentavam me enrolar, eu estava com ela ao telefone. Sim, havia borracha disponível. Sim, a autorização estava dada. Eles podiam e deviam ter feito tudo certo desde o começo. Mas não fizeram, porque acharam que eu não perceberia. Até hoje, muitas pessoas subestimam a inteligência das mulheres em ambientes predominantemente masculinos.

    O problema aqui não é só um erro técnico. O que fica claro é a escolha de entregar um serviço mal feito, esperando que eu, mulher e sozinha, aceitasse sem questionar.

    Essas pequenas indignações vão se acumulando. Não acontece só na oficina, mas em várias situações: no mercado, no hospital, no trabalho.

    E, claro, nos relacionamentos também. Quando você levanta uma questão de respeito e lhe dizem que é “ciúmes”. Respeito não é algo que se exige, é algo que se oferece.

    Acredito que o que é bonito deve ser admirado por ambos os lados. Mas existem situações que fogem do bom senso. Imagine-se em um restaurante ou evento, e seu parceiro (ou parceira) flerta na sua frente. Não consigo entender esse comportamento, e creio que muitas pessoas também não. Cada um com suas regras, mas o que foi combinado não sai caro. O problema não é exatamente o flerte — que pode acontecer —, mas a falta de maturidade, paz e a educação que nos faz ignorar o cenário para evitar conflitos.

    E se você questiona, a resposta é sempre a mesma: “Você está com ciúmes.” Mas não se trata de ciúmes. É radar, é percepção, é inteligência.

    É preciso entender a diferença entre ser ciumento e ter percepção. Essa diferença é clara para quem observa, conecta os pontos e simplesmente sabe.

    Subestimar a inteligência de alguém, seja na oficina ou nos relacionamentos, não é apenas um erro. É, acima de tudo, um ato deselegante.

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