Arthur C. Brooks fala sobre como muitos objetivos acabam sendo só palavras e investiga o motivo pelo qual isso acontece com tanta frequência. Muitas pessoas fazem planos no começo do ano, mês ou até da semana, mas logo percebem que não atingem o que se propuseram a fazer. Essa frustração é bastante comum.
Brooks, professor na Universidade de Harvard, estudou isso ao longo de sua carreira. Ele aponta que muitos falham em suas metas porque essas metas não estão alinhadas com o que realmente os faria felizes. Ou seja, as pessoas definem objetivos que, na verdade, não são os mais importantes para elas.
Arthur C. Brooks é um professor respeitado, atua na Kennedy School e na Harvard Business School. Ele também tem um podcast chamado “Como Construir uma Vida Feliz” e já escreveu 13 livros, incluindo um que foi sucesso de vendas no New York Times, intitulado “From Strength to Strength”.
Ele explica que muitos objetivos se tornam apenas palavras e não se transformam em ações efetivas. Brooks se baseia em estudos sociais e psicológicos, como os apontados em um relatório do Pew Research Center. Esse estudo revela que muitos americanos costumam definir metas como fazer mais exercícios, comer melhor, pagar dívidas e emagrecer.
Desistir de metas é um problema comum. Brooks informou que mais da metade das pessoas que definem objetivos acabam falhando, especialmente em junho. Um exemplo claro disso está nas academias. Muitas pessoas se inscrevem no começo do ano, mas, em oito meses, a maioria já parou de ir.
Um levantamento do professor John Norcross, da Universidade de Scranton, mostra que a escolha dos objetivos é crucial. Muitas pessoas escolhem metas sem realmente refletir se são viáveis ou se realmente desejam alcançá-las. Essa falta de planejamento é uma das razões que leva ao fracasso.
Para realmente cumprir um objetivo, é necessário pensar bem sobre o que se quer. Não adianta anotar várias metas e depois esquecer delas. O segredo é estabelecer objetivos que realmente façam sentido e que sejam importantes para quem os estabelece.
O professor Brooks também destaca que muitas vezes a pressão externa influencia na escolha dessas metas. Amizades, mídias sociais e até mesmo a cultura do “novos começos” podem levar as pessoas a definir objetivos que não são autênticos para elas. Isso gera uma desconexão entre o que a pessoa realmente deseja e o que acha que deveria querer.
É fundamental que as metas sejam pessoais e alinhadas aos interesses de cada um. Por exemplo, ao invés de querer emagrecer só porque todos estão fazendo isso, é mais efetivo pensar em saúde como uma prioridade e buscar maneiras que tornem essa jornada agradável.
Outro ponto importante é entender que obstáculos surgem. Mudar hábitos antigos é desafiador, e nem sempre as pessoas estão preparadas para essas mudanças. Por isso, ter paciência e resiliência ao longo do processo é essencial.
Brooks ressalta que um público mais bem informado sobre si mesmo tende a ser mais bem-sucedido na busca por seus objetivos. Ao compreender seus próprios valores e desejos, as pessoas podem definir metas que realmente importam e que estarão dispostas a perseguir com dedicação.
Além disso, é válido criar um plano de ação. Escrever os passos que você precisa seguir para alcançar suas metas e como pretende enfrentá-las pode trazer mais clareza e motivação. Ter um cronograma e medir os progressos são formas eficazes de se manter no caminho.
O professor ainda sugere a formação de grupos de apoio. Ter amigos ou familiares por perto para compartilhar experiências pode aumentar a responsabilidade e a motivação. Conversar sobre avanços e desafios torna o processo mais leve e encorajador.
Ele também menciona que as pessoas devem se permitir falhar. Saber que nem sempre tudo vai sair como planejado pode ajudar a lidar melhor com as dificuldades. Aprender com os erros pode ser um passo importante para o sucesso futuro.
Um outro aspecto importante levantado por Brooks é a reflexão constante. Parar e pensar sobre as escolhas feitas e se os objetivos ainda são relevantes é uma maneira de se manter alinhado com o que realmente se deseja. Essa revisão pode levar a ajustes que fazem toda a diferença.
Em resumo, para alcançar objetivos, é vital que sejam genuínos e que estejam alinhados com as expectativas e valores pessoais. Com planejamento adequado, paciência, e um suporte social, é possível transformar metas em conquistas reais.
Com isso, é possível não apenas definir objetivos, mas também viver uma vida mais plena e feliz, focando no que realmente importa a cada um. Adaptar-se e ajustar-se às circunstâncias, enquanto se mantém fiel aos seus desejos, garante um caminho mais próximo do sucesso.
Portanto, ao invés de se deixar levar por modismos ou pressões externas, é essencial buscar um entendimento verdadeiro do que se quer. Isso não apenas aumenta as chances de realização, mas também traz um sentimento de satisfação que vai muito além do simples cumprimento de um objetivo. É uma jornada em direção a uma vida mais significativa e autêntica.