No dia 16 de janeiro de 2025, Itajaí, cidade do Litoral Norte de Santa Catarina, recebeu uma visita inusitada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) chamada Parque do Agricultor. Uma mãe, acompanhada de sua filha de 4 anos e uma boneca reborn, solicitou atendimento para o brinquedo.
As bonecas reborn são muito populares e despertam o interesse de muitas pessoas, especialmente crianças. A mãe, que não morava na área atendida pela UBS, explicou que sua filha queria que a boneca recebesse uma vacina. Essa situação atraiu a atenção dos profissionais de saúde no local.
Ao chegar à unidade, a mãe fez o pedido para que a equipe de saúde realizasse uma simulação de vacinação na boneca. No começo, a profissional de saúde pensou que ela estivesse pedindo para vacinar a criança. Contudo, a mãe descartou essa ideia e pediu para fazer a simulação com a boneca, pois queria filmar e compartilhar nas redes sociais.
A equipe técnica da UBS, ao ouvir o pedido, explicou que o procedimento era inviável. Eles informaram à mãe que os materiais utilizados para aplicação de vacinas são adquiridos com verba pública e devem ser usados exclusivamente em seres humanos. Essa orientação foi dada para assegurar o respeito e a ética no uso dos recursos disponíveis para a saúde pública.
A mulher, ao ouvir a negativa dos profissionais, ficou irritada e questionou: “Mas que que tem? É só abrir uma seringa, só abrir uma agulha e fingir que deu”. Essa afirmação demonstra a falta de compreensão sobre a gravidade do desperdício de materiais que deveriam ser utilizados para a imunização de pessoas de verdade.
Os profissionais de saúde se mantiveram firmes em sua decisão e se recusaram a fazer o simulado de vacinação. Essa resistência é importante, já que mostra o comprometimento da equipe em respeitar as normas e diretrizes que regem o atendimento nas unidades de saúde.
Com a recusa da equipe, a mãe deixou a UBS visivelmente exaltada. Não é comum que situações desse tipo ocorram em unidades de saúde, que geralmente lidam com a vacinação de verdadeiros pacientes. Essas interações inusitadas podem gerar desconforto e desvio de foco no atendimento aos reais necessitados.
Diante da situação, a gestão da UBS Parque do Agricultor optou por informar os demais gestores sobre a possibilidade de que a mulher voltasse a procurar atendimento para a boneca em outras unidades. Essa comunicação entre os profissionais é fundamental para garantir que todos estejam cientes e preparados para possíveis pedidos inusitados no futuro.
Embora a história tenha um tom curioso, ela ressalta a importância de utilizar os recursos de saúde com responsabilidade. A vacinação é um tema sério e deve ser tratado com respeito, visando o bem-estar da população. Todo o esforço do sistema de saúde é voltado para proteger as pessoas, especialmente as mais vulneráveis.
As bonecas reborn são lindas, mas é essencial lembrar que vacinas e atendimentos médicos são voltados apenas para seres humanos. Cuidar da saúde é prioridade e deve ser feito com seriedade. Esse episódio em Itajaí serve como um alerta para a importância do uso adequado de recursos públicos e de como cada um deve entender os limites e responsabilidades nas unidades de saúde.
A gestão da saúde deve sempre permanecer atenta a essas situações, a fim de evitar possíveis problemas que desviem a atenção dos verdadeiros desafios enfrentados no dia a dia. A ética e o respeito no atendimento são fundamentais para assegurar que cada indivíduo receba o cuidado que realmente precisa.
Por fim, a experiência teve um lado curioso, mas reforça a necessidade de educar sobre o que é apropriado nas unidades de saúde. A saúde é um bem coletivo e cada um deve fazer a sua parte para garantir que todos tenham acesso a serviços de qualidade e respeitosos.