Por que está tão difícil se conectar? O desequilíbrio emocional entre homens e mulheres.

    Oi, pessoal!

    Recentemente, encontrei uma amiga antiga que me disse: “Tenho uma ideia para a sua coluna.” Isso me fez perceber que o que escrevo provoca reflexão e troca de ideias. Isso é incrível!

    O tema que ela levantou foi sobre o desequilíbrio emocional nas relações entre homens e mulheres. Vamos entender melhor isso.

    Hoje em dia, muitas mulheres estão em busca de autoconhecimento. Elas vão a terapias, fazem meditação, participam de retiros espirituais e até procuraram práticas como yoga e constelação familiar. Elas estão realmente se transformando. Conversam abertamente com as amigas sobre sentimentos, dores e sonhos. Estão se olhando no espelho da alma.

    Enquanto isso, muitos homens ainda têm dificuldade nessa jornada. Não é que todos sejam assim, mas uma boa parte ainda encontra desafios para falar sobre o que sentem. Quando buscam ajuda, pode ser complicado até entender as próprias emoções. Nas conversas entre amigos, os temas costumam girar em torno de futebol, bar, trabalho e carros. Não sobra muito espaço para ser vulnerável.

    Vivemos em uma sociedade que tem um histórico machista. Os homens cresceram ouvindo que precisam ser “fortes” e “racionais”. Sensibilidade e introspecção foram, por muito tempo, vistas como fraquezas. Isso cria um descompasso que pode prejudicar os relacionamentos. Quando um lado evolui e o outro não, o desequilíbrio só aumenta.

    Essa reflexão me lembrou do sucesso do livro “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus”, do terapeuta John Gray. Desde sua publicação em 1992, o livro vendeu mais de 50 milhões de cópias e ficou por muito tempo na lista dos mais vendidos. O sucesso gerou palestras e uma verdadeira indústria de “guias emocionais”.

    O problema é que muitos desses guias focam em como lidar com o parceiro, mas esquecem de uma parte fundamental: o autoconhecimento. Criou-se uma cultura de buscar ajustes externos, sem valorizar a importância de entender a si mesmo.

    Enquanto isso, as mulheres aprofundaram sua busca interna. Quanto mais elas se conhecem, mais conscientes se tornam de suas escolhas e se tornam mais fortes e independentes. Elas não aceitam mais relações rasas ou disfuncionais.

    Esse desequilíbrio se torna evidente quando, em contrapartida, muitos homens não acompanham essa evolução. Claro, existem exceções: homens que estão presentes e que se responsabilizam por sua história. Mas muitos ainda estão perdidos, sem saber qual é o papel deles nesse novo cenário amoroso e sem repertório emocional.

    E isso deve ser muito difícil para eles também. O desequilíbrio das expectativas é grande. Enquanto um lado amadurece, o outro estagna. Enquanto alguns avançam, outros hesitam.

    A chave para resolver essa questão é ajustar essa balança. Precisamos construir relacionamentos mais conscientes e honestos. Para que um relacionamento seja saudável, é fundamental que ambos se comprometam com suas próprias evoluções.

    Um relacionamento não deve ser uma busca por alguém que nos complete, mas sim por alguém que some. Para isso, é preciso que ambos estejam engajados em suas jornadas de autoconhecimento, realmente dispostos a crescer juntos.

    Em resumo, o desafio é entender que as relações se constroem em conjunto, com cada um contribuindo com seu próprio crescimento. Esse equilíbrio é essencial para que as conexões emocionais sejam profundas e significativas. Estamos todos em busca da harmonia, e esse é o caminho para um relacionamento saudável e equilibrado.

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