Caro(a) leitor(a),

    As redes sociais estão realmente de enlouquecer, né? Hoje em dia, todo mundo compartilha suas conquistas, viagens e aqueles relacionamentos que parecem de cinema. Mas você já parou pra pensar que essa exposição toda pode ter um preço?

    Tem uma amiga minha que foi pra praia e postou uma foto maravilhosa. Mal teve tempo de curtir que já levou uma picada de inseto. E, cá entre nós, já passei por isso também. Uma vez, compartilhei um momento inesquecível de uma viagem – e olha que não sou muito apegada a contar tudo que faço – e acordei no dia seguinte com a pior gripe da minha vida.

    Desde criança, sempre estive cercada por superstições. Meu pai, por exemplo, não escreve com caneta preta ou vermelha de jeito nenhum. Tentei enganá-lo na adolescência, mas ele sempre fazia um teste antes de começar a escrever. Superstição pura!

    As superstições e o famoso “olho gordo” andam juntos, como se fossem primos em uma família de crenças populares. Ambos nascem da ideia de que forças invisíveis podem influenciar nossa vida, seja de forma positiva ou negativa.

    A verdade é que expor demais nossa vida pode atrair tanto admiração quanto julgamentos. Vivemos numa época em que compartilhar se tornou quase uma obrigação. É prato do dia, viagem, promoção no trampo… Mas será que todo mundo torce a nosso favor do outro lado da tela?

    A música “Reza”, da Maria Rita, capta bem essa necessidade de proteção contra o que não conseguimos ver:

    Sai, sai, sai
    Deixa eu viver em paz
    Eu vou te benzê, te afastar de mim
    Eu mando reza forte pra te ver cair.

    Essa letra é poderosa! É quase um mantra que diz: não adianta torcer contra, porque eu vou seguir firme em frente.

    Por isso, surge uma reflexão: até onde as nossas crenças nos protegem ou apenas oferecem um conforto? Pense na superstição como um escudo e no olho gordo como uma flecha. O “olho gordo” traz a inveja e a energia negativa que alguém pode direcionar a você, talvez sem nem perceber. Já a superstição é como uma defesa – o amuleto no pulso, a arruda atrás da orelha ou entrar com o pé direito em um lugar novo.

    Assim como evitamos passar debaixo de escadas ou batemos na madeira várias vezes pra afastar o azar, muita gente prefere não contar seus planos antes de se concretizarem. Tanto a superstição quanto a crença no olho gordo são tentativas de pegar o controle do que não podemos controlar – trazendo mais segurança em um mundo de incertezas.

    E tem mais: quanto mais mostramos nossas vitórias, mais estamos nas mãos das expectativas dos outros. Será que estamos compartilhando por nós mesmos ou buscando validação? A linha entre compartilhar e se expor em excesso é bem fina. Nas redes sociais, onde tudo é exibido na hora, talvez o novo “pé de coelho” seja usar o botão de privacidade e a nova reza, a discrição. Afinal, nunca sabemos quem está do outro lado e quais intenções têm.

    A questão é que, no final das contas, quem vive com verdade e leveza não se deixa abalar por quem está torcendo contra. Então, é isso aí, “olho gordo”: sai pra lá!

    As redes sociais têm suas vantagens e desvantagens. Às vezes, ficamos tão presos a mostrar que tudo em nossa vida é perfeito, que esquecemos de valorizar os momentos simples e reais. Mesmo com todos os cuidados, ainda somos vulneráveis às críticas, à inveja e às más energias.

    E aí, qual é a sua? Você posta tudo o que faz ou é mais reservada? O importante é encontrar um equilíbrio. Compartilhar bons momentos é legal, mas é igualmente fundamental saber se resguardar. Isso vale tanto pros momentos de alegria quanto pra aqueles em que as coisas não saem como planejamos.

    Em suma, não dá pra negar que as redes sociais mudaram a forma como nos comunicamos. A conexão virtual é forte e, com ela, vem a tentação de viver pra impressões. Mas será que isso nos faz felizes de verdade?

    Superstições podem parecer bobagens, mas elas também fazem parte de nossa cultura e modo de vida. São formas de manter a segurança psicológica quando enfrentamos o desconhecido. E acredite, muita gente sente que carregar um amuleto ou realizar um pequeno ritual é um conforto.

    Nesse cenário de constante exposição, seja na vida real ou virtual, aprender a cuidar de si mesmo se torna essencial. É um exercício de autocuidado que pode prevenir desgastes emocionais e relacionais. Se afastar de pessoas tóxicas, por exemplo, é um passo importante.

    Cultivar boas energias e afastar o “olho gordo” nem sempre é fácil, mas é fundamental. A vida é cheia de desafios e é natural se sentir sobrecarregado às vezes. Portanto, lembrar-se do que realmente importa, daquelas que nos fazem bem, é o segredo pra manter a paz interior.

    No fim do dia, o que vale mesmo é a autenticidade. Mostrar quem você realmente é e o que gosta de viver, longe das expectativas sociais, traz uma cumplicidade única e dá à vida um sabor especial. Experimente! É libertador.

    E, quem sabe, ao focar em si e nos seus, o “olho gordo” se torna um pano de fundo, sem tanta importância. Afinal, aqueles que andam leves e genuínos atraem coisas boas e inspiradoras.

    Por isso, quando se sentir inseguro ou com medo das energias alheias, lembre-se das suas crenças. Use a superstições que o fazem sentir-se protegido, mas faça isso conscientemente. O objetivo não é entrar na neurose, mas sim encontrar um ponto de apoio no que acredita.

    No mais, o que importa é sua paz de espírito e a felicidade que você encontra nas pequenas coisas. Então, bora viver, mas com um pezinho atrás, só pra garantir que o “olho gordo” não pegue você de surpresa. Porque, no fim das contas, viver com verdade e leveza faz qualquer um se sentir mais seguro. E assim, seguimos juntos nessa jornada!

    Avatar photo

    Informação confiável e inovadora, feita por profissionais dedicados à verdade e ao esclarecimento.