Conseguir enrolar a língua em formato de “U” é uma habilidade que muitos acham interessante, mas nem todo mundo consegue fazer isso. Aquela famosa enroladinha pode ser mais difícil para algumas pessoas, e isso se dá por diferentes motivos, que envolvem tanto a genética quanto o ambiente em que a pessoa vive.

    Os especialistas acreditam que a habilidade de enrolar a língua está ligada à flexibilidade dos músculos e tendões da boca, além da forma do palato, que é basicamente o “teto” da boca. Isso quer dizer que, se sua boca é mais flexível, você pode ter mais chances de conseguir fazer essa dobradura.

    Em 1940, um geneticista chamado Alfred Sturtevant fez alguns estudos que sugeriram que enrolar a língua poderia ser uma característica controlada por um único gene dominante. Isso parecia simples, mas novas pesquisas mostraram que, na verdade, a situação é mais complicada. Um estudo mais recente revelou que não existe apenas um gene responsável por essa habilidade, mas sim uma combinação de fatores hereditários.

    E, levando isso em conta, fica a dúvida: será que dá para aprender a enrolar a língua mesmo que você não tenha essa habilidade natural? Alguns pesquisadores acreditam que sim. Um estudo que saiu na revista Cognition sugere que, com a prática constante, algumas pessoas podem sim desenvolver essa habilidade com o tempo. Ou seja, dá pra tentar aprender!

    Isso também implica que a exposição a determinados estímulos na infância pode fazer diferença. Se você foi incentivado a tentar enrolar a língua quando criança, é mais provável que tenha desenvolvido essa habilidade. Por outro lado, se ninguém tentou te ensinar, talvez você não tenha aprendido nem tentado.

    Mas e aí, enrolar a língua tem alguma vantagem evolutiva? A resposta é não, não há evidências que mostrem que essa habilidade traga um benefício direto para a sobrevivência. Traços genéticos que ajudam a sobreviver, como a cor da pele, que nos protege do sol, ou a capacidade de digerir lactose, são diferentes. A habilidade de enrolar a língua é apenas uma variação anatômica que não tem impacto na seleção natural.

    Em resumo, se você não consegue enrolar a língua, não se desespere. Essa curiosidade sobre a anatomia humana é bem interessante, mas não faz diferença na sua saúde ou na evolução. Se você tem vontade de tentar, vá em frente! Pratique e quem sabe você não consegue. A ciência ainda está explorando o que é necessário para que essa habilidade se desenvolva e como os fatores genéticos e ambientais se combinam.

    Não importa se você sempre quis sentir aquele orgulho de enrolar sua língua, ou se acha que isso é apenas uma coisa complementar, o que realmente importa é que aprendemos que a biologia humana é cheia de peculiaridades. E são essas diferenças que tornam cada um de nós único.

    Por fim, a capacidade de enrolar a língua continua sendo um fenômeno curioso. A genética é uma parte importante do processo, mas também é verdade que o meio em que vivemos tem seu peso. Isso mostra que nossa capacidade de fazer certas coisas pode envolver muito mais do que apenas o que herdamos dos nossos pais.

    Além disso, essas descobertas são um lembrete de que a ciência está sempre evoluindo e mudando. O que sabemos hoje pode não ser exatamente o que saberemos amanhã. Portanto, se você tem interesse no assunto, continue curioso e aberto às novas informações que aparecem. E quem sabe, depois de praticar um pouco, você não consegue impressionar seus amigos com uma habilidade nova?

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