Qual é a sua luta?

    Entre conversas, tatuagens e clássicos do cinema, é hora de refletirmos sobre o que realmente nos mueve na vida. O que nos faz levantar da cama todos os dias?

    Caro leitor, se você me acompanha, deve saber que muitas das minhas ideias vêm de conversas e andanças. Eu gosto muito de falar com desconhecidos, perguntar sobre suas vidas e ver como, de repente, eles deixam de ser apenas rostos numa multidão.

    Algumas histórias ficam guardadas para o momento certo. A de hoje é uma dessas. Recentemente, conheci um garçom que tinha uma tatuagem no antebraço com a frase: “you can’t live without something to fight for”. Em português, isso significa “você não pode viver sem ter algo pelo que lutar”. Isso me fez refletir: você já se perguntou, pelo que você luta que te motiva a viver?

    Enquanto escrevo, penso se existe uma resposta única para essa pergunta. Será que existe uma resposta ideal? Ou será que a gente, de fato, luta por algo? Já parou para pensar nisso?

    Durante nossa conversa, perguntei ao garçom sobre o significado da tatuagem. Ele respirou fundo e respondeu:
    — É uma história interessante. A frase não era bem essa antes, mas hoje sou pai e adaptei essa frase num momento complicado para lembrar que tenho motivos para lutar.

    Se pararmos para pensar, todos temos nossas lutas na vida. Muitas vezes, enfrentamos batalhas e, infelizmente, algumas guerras. Não é verdade? A luta pode ser silenciosa, interna, algo que só você enfrenta. Já a batalha é mais definida, tem começo, meio e fim. Pode ser vencida ou perdida, mas não define quem somos. Por fim, as guerras, essas sim, devem ser evitadas a todo custo. Elas trazem desgaste e têm consequências profundas.

    Então, resumindo: a luta é o esforço diário, a batalha é uma experiência pontual e a guerra é o processo total da nossa luta.

    Após essa conversa, voltei meus pensamentos para minha própria vida. Tentei listar minhas lutas, batalhas e guerras. Não é fácil! Te desafio a fazer o mesmo.

    Enquanto refletia, lembrei de um filme que marcou a minha infância: “O Campeão” (The Champion). A versão mais famosa é de 1979, dirigida por Franco Zeffirelli. Esse filme tocou o coração de muita gente nos anos 80. Se você assistiu, com certeza se lembra da cena final que faz qualquer um chorar. Eu tinha apenas oito anos quando vi e até hoje lembro vividamente.

    A história gira em torno de Billy Flynn (interpretado por Jon Voight), um campeão de boxe que cria o filho, T.J. (Ricky Schroder), sozinho. Apesar das dificuldades, para T.J., o pai é um verdadeiro herói. Na tentativa de proporcionar uma vida melhor para o filho, Billy decide voltar ao ringue. Em uma luta intensa, ele sofre um colapso e morre diante de T.J. A cena final, com o garoto desesperado chamando pelo pai, se tornou uma das mais emocionantes do cinema.

    O garçom, ao tatuar no braço um lembrete de seus motivos para lutar, se conecta com a jornada de Billy, que entrou no ringue acreditando que lutava por seu filho, mesmo que isso custasse sua vida. Você, eu e todos nós temos tatuagens invisíveis: escolhas, frases e marcas que nos lembram pelo que estamos lutando.

    A pergunta que não quer calar é: você sabe qual é a sua luta? Está preparado para enfrentar suas batalhas sem se perder nas guerras? O desafio está lançado.

    Reflita sobre as pequenas lutas do dia a dia: levantar cedo, ir ao trabalho, estudar, cuidar da família. Essas são lutas que nos mantêm em movimento. Pergunte-se: “O que me dá vontade de acordar?”. Essa resposta pode te guiar em momentos difíceis.

    Existem também as batalhas que enfrentamos, como problemas financeiros, de saúde, entre outros. Cada um possui suas únicas dificuldades. Elas têm começo e fim. Muitas vezes, conseguimos vencer, mas não nos definem. O importante é como lidamos com essas situações.

    Por outro lado, as guerras são aquelas situações prolongadas, que podem nos esgotar. Por exemplo, relações desgastantes ou situações que não conseguimos mudar facilmente. Evitá-las é essencial para nossa sanidade. Precisamos escolher nossas lutas e batalhas de forma sábia.

    Nós, como seres humanos, temos dentro de nós a capacidade de nos adaptarmos. A cada desafio, podemos encontrar forças que não sabíamos que tínhamos. Olhar para as nossas lutas pode nos ajudar a entender melhor a nossa jornada.

    A própria vida é como um ringue, onde a gente se vê lutando não só contra os desafios externos, mas também contra os internos. Cada dia é uma nova luta, uma nova oportunidade de nos superarmos. O importante é saber que essas experiências nos moldam.

    Voltando ao filme que mencionei, “O Campeão”, ele não é só uma história sobre boxe, mas sim sobre amor, sacrifício e a luta pela sobrevivência. Esse tipo de narrativa ressoa com muitos de nós. Assistíamos ao filme e sentíamos a dor de Billy e a expectativa de T.J. com a relação que tinham.

    E a vida real? Temos que lembrar que, por trás de cada luta, existe uma razão. Essa razão, muitas vezes, é muito pessoal e íntima. Alguns lutam por seus filhos, outros por suas carreiras ou pela saúde. O que importa é encontrar propósitos que façam sentido para cada um.

    Diante dessa reflexão, fica a questão: você está disposto a conhecer suas lutas profundas e se empenhar para superá-las? O entendimento do seu propósito pode ser a chave para enfrentar os desafios que te acompanham.

    Em resumo, a vida é uma jornada que envolve lutar todos os dias. Não importa a intensidade da luta, desde as lutas pequenas até as grandes batalhas. Cada uma delas tem o poder de moldar quem somos e a direção que tomamos. E a beleza disso tudo é que cada um pode encontrar sua própria razão, a sua própria luta.

    As suas tatuagens invisíveis, suas histórias e memórias são o que te fazem único. Portanto, pergunte-se novamente: pelo que você luta? Não tenha medo de enfrentar suas batalhas, pois elas podem levar você a um caminho incrível. O desafio de descobrir suas motivações pode transformar sua vida de maneiras que você nunca imaginou. Encare suas lutas com coragem, e boa sorte nessa jornada!

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