O uso de Inteligência Artificial está ganhando capilaridade nos mais diversos setores da economia. Na educação, atualmente, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) já apontou o seu apoio aos Estados-Membros a aproveitarem o potencial da IA para impulsionar a Agenda de Educação 2030

    Para a instituição internacional, o uso desse sistema pode contribuir para princípios fundamentais de inclusão e equidade, garantindo que todos os alunos tenham acesso a recursos inovadores. Recursos estes que já são realidade para uma série de pessoas em todo o mundo. 

    Segundo informações da Education NC, atualmente 44% dos educadores já utilizam IA para facilitar a pesquisa. Pelo lado dos alunos, outras fontes dizem que 56% dos estudantes universitários nos Estados Unidos já incorporam ferramentas como o ChatGPT em sua rotina de estudos, refletindo a crescente adoção de IA no ensino superior.

    Os Benefícios da IA na Educação

    A inteligência artificial (IA) está revolucionando o processo de ensino, oferecendo benefícios tanto para os alunos quanto para os professores.

    • Para os alunos:
      • Personalização do aprendizado, permitindo que cada estudante estude no seu próprio ritmo.
      • Assistentes virtuais e softwares educacionais para esclarecer dúvidas em tempo real.
      • Identificação de pontos fracos no desempenho, com soluções específicas para aprimorar o aprendizado.

    No Brasil, um case nesse sentido para ilustração pode ser a Duda, IA criada pela plataforma Estuda.com, que ajuda os alunos tirando dúvidas sobre os conteúdos e resoluções de questões, permitindo uma troca onde é possível questionar o motivo de ter errado uma questão. 

    Isso em qualquer dia ou horário, sendo uma aliada na melhoria contínua na busca pela tão sonhada vaga. 

    • Para os professores:
      • Automação de tarefas repetitivas, como correção de provas e organização de materiais.
      • Mais tempo para criar estratégias pedagógicas e acompanhar os alunos individualmente.
      • Análise de dados educacionais para identificar padrões de desempenho e ajustar métodos de ensino.

    Essas transformações destacam o papel crescente da IA como ferramenta de suporte no aprimoramento do sistema educacional.

    Desafios para o futuro

    A expansão da inteligência artificial no setor educacional representa mais do que uma inovação tecnológica: é um marco na redefinição do ensino em escala global. Com o apoio da UNESCO, que tem incentivado o uso da IA como um pilar estratégico para alcançar a Agenda de Educação 2030, o foco recai não apenas sobre a modernização das práticas pedagógicas, mas também sobre a garantia de que essas ferramentas sirvam para promover inclusão e equidade em um cenário ainda marcado por desigualdades.

    Os exemplos práticos, como o uso de plataformas de IA que personalizam o aprendizado e agilizam tarefas administrativas, mostram que o impacto é tangível tanto para os estudantes quanto para os educadores.

    No entanto, especialistas alertam que o verdadeiro desafio está em garantir que essa revolução tecnológica alcance não apenas aqueles que já têm acesso a ferramentas avançadas, mas também os milhões de estudantes que ainda enfrentam barreiras estruturais e digitais. Para isso, será essencial que políticas públicas sejam desenhadas de forma estratégica, alinhadas ao compromisso de inclusão defendido pela UNESCO.

    A inteligência artificial na educação, portanto, não é apenas uma questão de inovação, mas uma oportunidade histórica de repensar o ensino como um mecanismo de transformação social. 

    O futuro da educação depende não só de como essas tecnologias serão implementadas, mas de como elas poderão democratizar o acesso ao conhecimento em todas as esferas da sociedade.

    Giselle Wagner é formada em jornalismo pela Universidade Santa Úrsula. Trabalhou como estagiária na rádio Rio de Janeiro. Depois, foi editora chefe do Notícia da Manhã, onde cobria assuntos voltados à política brasileira