Certas profissões, como jornalistas, CEOs e advogados, são bastante conhecidas e respeitadas. Contudo, um estudo indica que essas carreiras podem atrair indivíduos com traços psicopatas. Esse estudo foi realizado por um psicólogo britânico que revela a conexão entre essas profissões e a psicopatia.
Muitas pessoas ficam surpresas ao ouvir que algumas profissões têm um número alto de psicopatas. A pesquisa realizada aponta que nem todo psicopata é criminoso. Na verdade, muitos buscam cargos de destaque para ter maior controle e influência.
O que leva algumas profissões a atrair psicopatas?
Recentemente, uma psicóloga criminologista compartilhou um vídeo nas redes sociais revelando algumas das profissões com mais psicopatas. Ela observou que essas pessoas costumam se sentir à vontade em ambientes que oferecem poder e estabilidade, além de hierarquias bem definidas.
Essa escolha de carreira é bem comum no setor público, que ocupa uma posição na lista das profissões analisadas. As características desses empregos atraem pessoas com traços psicopáticos, que buscam essa estrutura para se destacar.
Psicopatia no ambiente de trabalho
Diversas profissões estão listadas no estudo, como cozinheiros, que conseguem lidar bem com o caos, líderes religiosos, que exercem poder e influência, policiais, que têm autoridade sobre cidadãos e jornalistas, que podem parecer a escolha mais surpreendente.
Em relação aos jornalistas, a pesquisa sugere que a frieza emocional pode ser uma vantagem em investigações, especialmente naquelas que exigem um certo distanciamento. A manipulação de informações também é uma habilidade que pode se manifestar em suas atividades.
Outra profissão que aparece na lista é a de cirurgião. A falta de empatia, segundo o autor, pode ajudar em situações clínicas críticas. Também aparecem comerciantes, que usam suas habilidades para conquistar e manipular clientes.
No topo da lista, estão profissionais de mídia, como os que trabalham em rádio e televisão, advogados e executivos de alto escalão. Essas funções estão ligadas a muito poder e prestígio, além de impactarem diretamente a vida das pessoas.
As 10 profissões com mais psicopatas
- CEO (diretor executivo)
- Advogado
- Profissional de mídia (TV e rádio)
- Vendedor
- Cirurgião
- Jornalista
- Policial
- Líder religioso
- Chef de cozinha
- Funcionário público
A ciência por trás da psicopatia
O DSM-5, um manual que classifica transtornos mentais, relaciona a psicopatia a determinados traços de personalidade. Isso é ligado ao Transtorno de Personalidade Antissocial, que inclui falta de empatia, comportamento impulsivo e manipulativo.
Embora muitas vezes se pense que esses traços estão associados apenas a pessoas criminosas, a pesquisa mostra que uma porcentagem muito pequena da população, entre 1% e 3%, apresenta características de psicopatia, e muitas delas vivem uma vida comum e dentro da lei.
Um estudo publicado em uma revista de Psicologia Forense confirma que existem psicopatas funcionais em ambientes corporativos, especialmente em cargos de liderança. Esses indivíduos, muitas vezes carismáticos e estratégicos, conseguem avançar em suas carreiras, mesmo que suas atitudes gerem ambientes de trabalho tóxicos.
Discussão nas redes sociais
O vídeo da criminóloga gerou um grande debate nas redes sociais, com inúmeras reações e comentários. Muitas pessoas apontaram que alguns advogados parecem ter comportamentos psicopáticos, enquanto outros sugeriram que políticos deveriam ser incluídos na lista.
A psicóloga social Ana Maria Teixeira, da USP, reforça que a psicologia aplicada ao trabalho é um fenômeno real. Ela ressalta a importância de se promover ambientes corporativos com mais inteligência emocional e ética para minimizar os efeitos negativos que essas personalidades podem ter.
Considerações finais
As profissões listadas não são ruins por si só. O que se observa é que certos ambientes proporcionam um terreno fértil para que características psicopatas possam se desenvolver. Embora a psicopatia seja um tema complexo, a discussão em torno dela é importante para entendermos como isso se relaciona com o nosso cotidiano profissional.
Promover um ambiente com valores éticos e a presença de inteligência emocional pode fazer toda a diferença na dinâmica de qualquer equipe de trabalho. Essa conscientização é vital para que novas gerações de profissionais possam atuar de maneira mais saudável e produtiva na sociedade, evitando os efeitos prejudiciais que traços psicopáticos podem causar.
Por isso, é sempre importante estar atento ao ambiente de trabalho e cultivar relações mais saudáveis, a partir de empatia e respeito. Essa mudança pode ajudar todos nós a termos uma convivência melhor, independentemente da área em que atuamos.