Desempenho positivo em meio à crise torna empresas mais atrativas aos investimentos

    O setor de seguros tem uma participação importante na economia brasileira. Mesmo em meio ao agravamento da crise por conta da pandemia da Covid-19, o segmento apresenta números substanciais e segue em ritmo de expansão. Por conta da resiliência, é apontado como uma opção atrativa para os investidores.

    Os números mostram que, apesar de uma redução no ritmo de crescimento em 2020 — ano mais crítico da pandemia —, o setor de seguros passou por uma guinada em 2021 e mantém uma curva ascendente em 2022.

    De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), o ramo encerrou 2020 com alta de 1,3%. Quando comparado com 2019, o resultado mostra uma retração expressiva, já que naquele ano o crescimento foi de 12,3%

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    No contexto econômico global de muitas perdas, em que o Produto Interno Bruto (PIB) reduziu 4,1%, o desempenho positivo durante a pandemia foi considerado mais do que satisfatório.

    No ano seguinte, em 2021, o setor voltou a crescer na casa de dois dígitos, alcançando a alta de 14%, conforme informações da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

    Em 2022, o ritmo também é de expansão. Nos primeiros seis meses do ano, o setor cresceu 19,6% em comparação com igual período do ano passado. Em cifra, a alta corresponde ao incremento de R$ 13,1 bilhões, segundo a Susep.

    Setor de seguros na B3

    Seguradoras têm atraído não só os consumidores interessados na oferta de serviços, mas também investidores que analisam as empresas como uma boa alternativa para os investimentos.

    O bom desempenho do setor e o crescimento do faturamento, mesmo em meio à crise econômica, são fatores que motivam os investidores. Além disso, muitas delas são empreendimentos tradicionais no mercado, o que demonstra a solidez dos negócios.

    Na Bolsa de Valores (B3), há diferentes opções listadas, como BB Seguridade (BBSE3), Caixa Seguridade (CXSE3), IRB Brasil (IRBR3), Porto Seguro (PSSA3) e SulAmérica (SULA11).

    A BB Seguridade pertence ao Banco do Brasil e oferece seguros, previdência aberta,

    capitalização, resseguros, planos privados de assistência odontológica e corretagem. Já a Caixa Seguridade é subsidiária da Caixa Econômica Federal, e os serviços prestados incluem seguros, previdência privada, capitalização e consórcio.

    Com uma participação de 37% no mercado, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é apontado como o maior ressegurador do país. Criado em 1939, atua com uma oferta variada, que engloba diversas coberturas, como patrimonial, de automóvel, habitacional, para riscos financeiros, marítimo, aeronáutico, rural, de responsabilidade civil, vida e previdência.

    Criada em 1945, a Porto Seguro lidera os segmentos de seguros para residências e automóveis no país. Oferta também seguros para viagem, celular, máquinas e equipamentos.

    Presente há mais de um século no mercado, a SulAmérica conta com coberturas para saúde, viagem, seguro de vida, previdência, capitalização e investimentos.

    Orientações para investir

    Na hora de aplicar em ações da bolsa de valores, o mercado financeiro recomenda analisar não só o desempenho individual das companhias, mas também o setorial. Para além da gestão do negócio, compreender o ritmo de atividades do setor, se está aquecido ou desaquecido, ajuda a entender o comportamento dos ativos.

    A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) afirma que as informações de cada empresa podem ser obtidas por meio de relatórios e balanços divulgados nos sites da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da B3, respectivamente. As empresas de capital aberto têm a obrigatoriedade de transparência.

    Já as informações setoriais são obtidas por meio do acompanhamento do mercado e das economias nacional e internacional. Para isso, a Anbima orienta que os investidores mantenham-se atualizados por meio dos canais de comunicação das entidades representativas e da imprensa especializada.

    Avatar de Giselle Wagner

    Giselle Wagner é formada em jornalismo pela Universidade Santa Úrsula. Trabalhou como estagiária na rádio Rio de Janeiro. Depois, foi editora chefe do Notícia da Manhã, onde cobria assuntos voltados à política brasileira